segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Projeto Filmar realiza oficina de direção de arte


Após um mês sem oficina, por conta da movimentação das eleições presidenciais, o Projeto Filmar iniciou novembro com a oficina de Direção de Arte, com Nina Magalhães. Integrante do coletivo Pop Fuzz, Nina é arquiteta e participou dos curtas O VULTO (Wladymir Lima, 2013), e Flamor (Leandro Alves, 2013), como diretora de arte, e de O Que Lembro, Tenho (Rafhael Barbosa, 2012) e A Gente Não Combina Com Essa Sala (Nivaldo Vasconcelos, Inédito) como produtora.

NINA MAGALHÃES compartilhou suas experiências em Direção de Arte na 3ª Oficina do Projeto Filmar.









Para Nina, a oportunidade e o convite foram aceitos com entusiasmo. Segundo ela, não se trata de uma aula ou mesmo palestra de alguém com bastante experiência no audiovisual. "Eu acredito que, por menor que seja, o conhecimento é algo que só tem valor se for compartilhado. Eu estou aqui, diante de vocês agora, mas, na verdade, me considero na mesma posição de vocês, lado a lado, pois acredito que cada um de nós, se quiser, pode vir a desempenhar uma função como a de direção de arte num curta-metragem", afirma Nina, desmistificando a necessidade de uma formação acadêmica ou grandes conhecimentos para começar a atuar no setor.

"Quando eu cursava Arquitetura, logo nas primeiras aulas, eu costumava dizer que estava no curso para, no futuro, trabalhar com direção de arte, audiovisual, etc... passou a faculdade, e não vi nada que fosse voltado para esse campo. Somente anos depois de formada é que passei a trabalhar com audiovisual e hoje, apesar de pequena, já tenho experiência em dois filmes, e cada vez mais enstusiasmada para novos projetos que estão sendo desenvolvidos", afirma Nina, incentivando os participantes da oficina a "meterem a cara sem medo", se quiserem mesmo atuar no audiovisual.

PARTICIPAÇÃO




Estudantes e membros da comunidade durante a segunda oficina .
Assim como vem acontecendo nas outras oficinas já realizadas pelo projeto: Roteiro e Produção, os
encontros, que são realizados sempre aos sábados pela manhã, têm contado com uma média de 10 a 12 participantes. "Como é focado no público universitário, e também aberto à comunidade, é uma quantidade de pessoas que tem nos surpreendido. Principalmente por se tratar de um sábado pela manhã", afirma Fabiana de Paula, a coordenadora do Filmar. "E o melhor é que estamos conseguindo fidelizar, por assim dizer, os participantes. Muitos deles têm participado de mais de uma oficina e demonstrado bastante interesse nos temas abordados", afirma.
 
As oficinas ocorrem paralelamente à produção do curtametragem Monique, o que tem exigido bastante da pequena equipe de bolsistas do Vivência de Arte na Ufal, programa no qual o projeto Filmar foi selecionado. "Temos um cronograma de atividades que tem sido bastante intenso, e que tem contado com a colaboração de vários parceiros, realizadores de filmes em Alagoas, e outros profissionais do audiovisual, como Nilton Resende, que assumiu, no mês passado, a preparação de elenco de Monique".

PRIMEIRAS OFICINAS

RAFHAEL BARBOSA (Centro) durante a leitura coletiva do roteiro.
As duas primeiras oficinas foram realizadas nos dias xx de agosto e xx de setembro, com Rafhael Barbosa e Viviane Araújo, nas áreas de  Roteiro e Produção, respectivamente.  Na primeira, o roteirista e diretor Rafhael Barbosa abordou os fundamentos do roteiro cinematográfico, com ênfase na produção para curta-metragens. Também exibiu o seu filme mais recente, O Que Lembro, Tenho (2012), vencedor de 18 prêmios pelo Brasil a fora, incluindo o do roteiro. Mas também fez a leitura coletiva do primeiro tratamento do roteiro de Monique, de Wladymir Lima, que é o projeto escolhido pela primeira edição do projeto Filmar para ser produzido.

Viviane Araújo  também é produtora de Monique.

 
Viviane Araújo abordou os aspectos práticos da produção de um curta-metragem, a importância do produtor, as diferentes funções da produção e as etapas necessárias à realização de um filme de curta-metragem de baixo orçamento. Viviane é também diretora de produção do curta Monique, é estudante de jornalismo da Ufal tem experiências na realização de vários outros curtas em Alagoas, alguns deles premiados fora do Estado, como 12:40 (Dário Júnior, 12), que recebeu o prêmio de melhor curta para reflexão no CINE PE 2012, um dos festivais de cinema mais importantes do País.

Até o fim do ano, o projeto ainda deve realizar ao menos mais uma oficina, cujo tema e oficineiro ainda está para ser definido.