quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Monique é selecionado para o 9º Curta Cabo Frio (RJ)


O curta metragem Monique (2015, Wladymir Lima), acaba de ser selecionado para o 9º Festival Curta Cabo Frio (RJ), sendo um dos dois únicos filmes nordestinos selecionados para a mostra. Realizado dentro do Projeto Filmar - Oficina de Cinema, o curta ainda está em fase de finalização, e, com a greve das universidades federais, da qual a Ufal também participou, não apenas o curta mas o Projeto Filmar acabaram prejudicados.  De acordo com a coordenadora do Filmar, a graduanda em teatro Fabiana de Paula, as oficinas do Vivência de Arte sofreram um choque com a greve. "Estávamos no auge, com uma enorme participação de estudantes e outras pessoas com interesse em audiovisual, bem como com a parceria dos principais realizadores. Sem a estrutura do Espaço Cultural, onde as oficinas eram realizadas, bem como com a desarticulação, as oficinas tiveram que ser suspensas", afirma De Paula.
NILTON RESENDE vive Miro, um artista plástico frustrado que trabalha numa loja de moda feminina

Ainda assim, as atividades do projeto continuaram se desenvolvendo entre os demais participantes. E, principalmente, as tarefas de coordenação de pós-produção  e finalização do primeiro curta-metragem do Filmar. "Estamos muito felizes em saber da seleção. Principalmente por ser um festival já consolidado no Rio de Janeiro e nosso pequeno e modesto filme estar entre os selecionados. Agora, vamos fazer um esforço extra para finalizar a colorização e o som do filme, para que ele possa alcançar mais festivais, e mais pessoas", afirma De Paula, que também já planeja um lançamento oficial em Alagoas.



segunda-feira, 27 de abril de 2015

Para fazer cinema é preciso ver o "cinema" que há dentro dos filmes, sugere Nivaldo Vasconcelos


NIVALDO VASCONCELOS: Precisamos descobrir nossas histórias e contá-las com o cinema

Sala lotada, muita curiosidade dos participantes, interação e um oficineiro esbanjando simpatia, carisma e, claro, talento e conhecimento sobre seu campo de atuação: o audiovisual. Foi nesse clima que transcorreu a sexta oficina do Projeto Filmar: Direção Cinematográfica, com Nivaldo Vasconcelos, no Espaço Cultural da Ufal, no último dia 25 de abril, das 9 às 12 horas (veja a galeria de fotos aqui). De acordo com a coordenadora do Projeto, graduanda em Teatro Fabiana de Paula, as expectativas do projeto já estão mais do que superadas. “Além de termos já concretizado uma etapa muito importante, a filmagem de Monique – em fase de montagem – as oficinas estão cada vez mais chamando a atenção dos interessados em criar por meio do audiovisual em Alagoas”, explica. 

Realizador de alguns dos curtas mais representativos da nova safra do cinema alagoano, Nivaldo compartilhou conhecimentos, experiências, expôs um pouquinho do seu trabalho, mas principalmente, estimulou os participantes que desejam fazer filmes a simplesmente realizá-los. “Não sei quem foi que disse que fazer filmes é difícil, que é preciso uma megaestrutura ou equipe gigantesca para filmar, etc. Hoje, com um celular na mão você já consegue fazer um filme com excelente qualidade técnica. E outra coisa que muita gente precisa entender, é que cinema não é só aquilo que muitas vezes pensamos ser cinema. Que é possível fazer um filme com muito pouco, e ainda assim, sendo honesto, verdadeiro com o que se quer expressar”.

Para Nivaldo, que em filmes como Mwany (2013) e A Gente Não Combina Com Essa Sala (2014), contou apenas com o trabalho colaborativo para realizá-los sem orçamento, o mais importante na construção de um filme é a visão. “Um diretor tem que saber o que quer, como quer. É ele quem define para onde a câmera vai apontar, qual o enquadramento, que história vai ser narrada, e até mesmo se o filme não vai ter narrativa”.

A INTERAÇÃO entre os participantes marcou a sexta oficina do Filmar
O aparato técnico, cada vez mais compacto e de melhor qualidade, como ele fez questão de enfatizar, tem se tornado ao mesmo tempo um facilitador para o surgimento de novas produções, e, assim, democratizado a realização de novos filmes, o surgimento de novas formas de expressão artística. “É claro que se você quer realizar em Maceió um filme como Os Vingadores, um blockbuster hollywoodiano, você não vai conseguir. Pois esse tipo de cinema industrial, sim, requer um aparato milionário para ser produzido. E não é questão de dizer que esse tipo de cinema seja melhor ou pior do que qualquer outro tipo, mas se olharmos para a nossa realidade, há tanta coisa que pode ser explorada aqui em Alagoas que uma produção de Hollywood jamais poderia fazer, mesmo como todos esses milhões”, afirma Nivaldo.

O realizador alagoano já iniciou a oficina dando pistas dos filmes que, logo na adolescência o fizeram se interessar pelo cinema. “Os Goonies, a série Indiana Jones, A Lenda, todos esses filmes que lidavam com a fantasia eu achava interessante. Mais tarde, fui então compreender porque os filmes de Ingmar Bergman, Jean Rouche, Rogério Sganzerla, por exemplo, me interessavam, e já num outro tipo de cinema, mas que também utilizavam da fantasia para enfocar questões da alma humana”. No entanto, todas essas influências acabaram por levá-lo a buscar (mesmo inconscientemente) os temas que enfoca em seus filmes. “Eu tenho interesse por gente. São as questões humanas que mais me movem a realizar.”, afirma Nivaldo.
SALA LOTADA para o bate-papo com o realizador alagoano Nivaldo Vasconcelos

E, segundo ele, para ser um bom diretor de cinema, além de saber reunir uma boa equipe, conduzir o olhar do espectador, não tem outro jeito: é preciso repertório. “Isso é válido não só para quem realiza filmes, mas para quem produz imagem de uma forma geral. Se você quer fazer ver, tem que ver muito também. Tem que assistir muitos filmes, e saber ver filmes também – ressaltando a importância da sua formação cineclubista – pois se engana quem pensa que cinéfilo é só aquele que assiste a muitos filmes. A cinefilia vai bem além: é a característica daquela pessoa que, além de gostar de ver filmes, quer ver o “cinema” que está dentro de cada filme, finaliza.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Projeto Filmar convida Nivaldo Vasconcelos para oficina de Direção Cinematográfica, dia 25/04


Arquivo pessoal/Facebook
O diretor alagoano Nivaldo Vasconcelos é o próximo oficineiro do Projeto Filmar, e no próximo sábado, dia 25 de abril, vai compartilhar um pouco da sua experiência no campo da Direção Cinematográfica. A oficina será realizada no Espaço Cultural da Ufal, praça Sinimbú, das 9 às 12h. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para projetofilmar@gmail.com.

Artista de intensa atividade no audiovisual alagoano, Nivaldo Vasconcelos é o autor de filmes como MWANY (2013) vencedor em seis categorias na IV Mostra Sururu de Cinema Alagoano, e selecionado para festivais nacionais e internacionais, como o 25º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, além de A GENTE NÃO COMBINA COM ESSA SALA (2014), NOTURNA (2014) e ELA (2014).

Curador e cineclubista, Nivaldo também foi produtor em KM58 (2011) e assistente de direção em O QUE LEMBRO, TENHO (2012), ambos de Rafhael Barbosa; O VULTO (2013), de Wladymir Lima e foi co-roteirista do curta MARÉ VIVA (2013), de Lis Paim e Alice Jardim. Sua atuação, no entanto, extrapola a linguagem cinematográfica. Os trabalhos ZOÉ e CRIATURA (ambos de 2013), em parceria com Alice Jardim e Ana Carolina Brandão provam isso. Também é um dos colaboradores do Ateliê Sesc de Cinema, que já produziu uma dezena de filmes de jovens realizadores alagoanos, e sócio do Estúdio Atroá, com Alice Jardim e Matheus Nobre.

Artista inquieto, também desenvolve trabalhos no campo da fotografia e da literatura, tendo publicado a obra infantil Embolados, pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, em 2013. Sem dúvida nenhuma, com toda essa bagagem, é uma oportunidade única conferir o talento e a generosidade desse artista alagoano em compartilhar um pouco de sua visão sobre a arte e sobre o fazer cinematográfico em Alagoas.
Nivaldo prepara Avaristo Martins para entrar em cena, nos bastidores do curta O VULTO





sábado, 28 de março de 2015

Preparação de elenco: intensidade e entrega

PARTICIPANTES se revezaram em duplas trios e grupos para os jogos de cena com foco no corpo 

A sala preta do Espaço Cultural da Ufal se encheu de luz, energia e intensidade para receber o projeto Filmar no último sábado, 28 de março. A oficina de preparação de elenco Do Roteiro Ao Corpo, com a atriz, fotógrafa e preparadora de elenco Sandra Calaça durou apenas três horas, mas deixou um gostinho de quero mais em todos os participantes. Boa parte deles com experiência em atuação, e outros, no entanto, iniciantes em interpretação para cinema. Clique aqui para ver a galeria de fotos da oficina.

Claro que, como a interpretação é um assunto muito vasto, uma oficina apenas jamais seria capaz de esgotar o assunto. Mas, como a própria Sandra explicou, a idéia era fazer soltar o animal de dentro de cada um dos participantes, fazer perceber o corpo, permitir-se entregar, confiar no parceiro de cena e, principalmente, viver. 

SANDRA CALAÇA orienta os participantes em cena
"No cinema, o ator não precisa fazer nada além do que entregar toda sua verdade, viver seu personagem", afirma Sandra. "É o diretor, com suas lentes, e com sua visão, quem colhe o momento mais apurado e depurado que o ator possa entregar. É um jogo de confiança mútua", explica.

E a oficina foi, até agora, a mais prática do projeto Filmar. Todos os inscritos tiveram suas inscrições confirmadas e receberam a seguinte mensagem: venha e traga roupas leves. E todo o trabalho foi pontuado por exercícios e jogos corporais, de respiração, expressão. Os quase trinta participantes se revezaram em duplas, trios e grupos para, com base nas orientações da preparadora de elenco, serem capazes de improvisar as cenas.

No final, a sensação de que há, em Maceió, um grande interesse de jovens atores, e mesmo gente mais madura, pela interpretação dramática. E, especificamente, pela interpretação para cinema. "A impressão que ficou é que tem muita gente talentosa, e muito a fim de fazer cinema em Alagoas. Essa oficina foi um exemplo claro disso. A gente já tinha ficado satisfeito ao ver uma média de 10 a 12 pessoas nas oficinas anteriores, e nesta, onde tivemos uma procura três vezes maior, então foi uma agradável surpresa. E não custa lembrar que as oficinas ocorrem num sábado pela manhã", explica a coordenadora do projeto, a graduanda em Teatro, Fabiana de Paula.

SALA PRETA do Espaço Cultural da Ufal ficou repleta para a quarta oficina do Projeto Filmar
"Foi uma energia realmente muito boa. Muita gente a fim de fazer a mesma coisa, e todos juntos. Realmente, uma sensação de arrepiar, e uma das melhores experiências na minha carreira", finaliza Sandra Calaça. 

Em breve, o projeto Filmar vai divulgar a nova oficina, após o reajuste no cronograma. No entanto, nomes importantes da cena do audiovisual em Alagoas estão acertando detalhes para ministrar as próximas oficinas, Fique ligado!



domingo, 22 de março de 2015

Preparação de elenco é o tema da nova oficina do projeto Filmar, no sábado, dia 28 de Março

Sandra Calaça é atriz, fotógrafa e preparadora de elenco em teatro e cinema.
O projeto Filmar está volta. Depois das fimagens de Monique, entre novembro e dezembro do ano passado (postagem sobre o filme em breve!), as oficinas abordando a produção cinematográfica retornam com a oficina Do Roteiro ao Corpo, com a atriz, fotógrafa e preparadora de elenco Sandra Calaça, no sábado, dia 27 de março. 

As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo projetofilmar@gmail.com. E quem quiser participar deve levar apenas uma roupa leve e confortável para os exercícios propostos. A atividade será realizada no Espaço Cultural da Ufal (antiga reitoria), na Praça Sinimbu, Centro de Maceió, das 9 às 12 da manhã.

Com China Santos e Avaristo Martins. Prepraração d'O Vulto.
Sandra Calaça foi preparadora de elenco do curta O VULTO (2013), prêmios de Melhor Ficção e Melhor Ator (China Santos) na IV Mostra Sururu de Cinema Alagoano, no mesmo ano. O trabalho de Sandra também repercutiu em Curitiba, onde o jovem capoerista do bairro do Jacintinho, China Santos, recebeu o prêmio de melhor ator no I Festival Luz de Cinema.

Além de participar de outros festivais nacionais e internacionais, e de receber uma menção honrosa no IV Cinecipó (MG), O Vulto, filme dirigido por Wladymir Lima, foi o representante brasileiro no 8th International Chirldren's Film Festival, em janeiro de 2015. Outra parceria com Wladymir Lima, durante o curso de realização cinematográfica do Sesc-AL, em 2013, rendeu o curta Sinopse (2014), também selecionado para a mostra Sururu, na edição do ano passado,

Dividindo sua atuação entre Rio de Janeiro e Maceió, Sandra é atriz profissional, com trabalhos em televisão, teatro e cinema, além de  fotógrafa, diretora, brinquedista e fundadora do Grupo Quadrante (www.teatroquadrante.blogspot.com).

Oficinas - Esta é a quarta oficina do projeto, iniciado em agosto do ano passado. Já foram abordados os temas: roteiro, produção e direção de arte. As oficinas tiveram intervalo por conta das férias acadêmicas e também devido à produção de Monique, o filme vinculado a essa primeira edição do projeto Filmar, e que está prestes a entrar na fase de montagem.